R$ 10 mil num celular?

Hoje o Galaxy Note 20 vai ser lançado e, além dos vazamentos, temos uma certeza: vai ser caro.

Considerando a cotação do dólar, dá para supor que os flagships, modelos topo de linha, vão ultrapassar a barreira dos 10 mil reais neste ano. Mas a pergunta que se impõe é: precisamos de um investimento tão alto?

Vários vídeos comparativos no YouTube demonstram que a maioria dos celulares intermediários hoje em dia são capazes de quase tudo que os mais potentes conseguem. Por quase tudo me refiro a tarefas do dia a dia, como ligar, mandar mensagens, tirar fotos razoáveis e utilizar ferramentas digitais (navegação, transporte, serviços de entrega e jogos).

Claro, os tops sempre terão seus diferenciais. Eles se destacam na qualidade da tela, na bateria, nos materiais mais nobres e mais resistentes, no desempenho mais fluido e, principalmente, nas câmeras mais poderosas.

Não estou atacando a diferenciação. É bom para o mercado que haja modelos que abranjam diversos tipos de consumidores, que possuem as mais variadas necessidades. A questão que levanto é se vale a pena investir tanto dinheiro num equipamento comum que provavelmente será trocado em menos de três anos.

O ciclo anual de renovação dos smartphones passa a impressão de que o telefone que temos hoje já está antigo, mesmo que o tenhamos comprado ontem. É legal acompanhar as novidades e ver as inovações, eu mesmo gosto muito disso. Mas há de se ter pé no chão, cabeça no lugar e saldo em ordem na conta bancária.

Nossos telefones, assim como nossos carros, não deveriam ser símbolos de status, mas as marcas sabem explorar nossa vaidade. Sempre haverá algo melhor e mais bonito, e, nesse contexto, a pergunta que nunca fica velha é: você é feliz com o que tem hoje?

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