Good News X Fake News

homer

A última eleição presidencial americana ficou conhecida pela controvérsia e pela presença das notícias falsas, nunca tão exploradas no jogo democrático quanto no recente episódio. As fake news se tornaram uma ameaça inignorável e já começam a aparecer no desenho das eleições brasileiras. Esse vai ser um longo ano.

Agora com um nome em inglês, a brasileiríssima fofoca ganhou novo alento e impõe mais uma dificuldade na já penosa tarefa que é votar no País. Mais do que nunca, somos obrigados a checar tudo que lemos e a desconfiar de grande parte do que nos é oferecido, especialmente pelas pessoas de convívio mais próximo.

A mentira tem perna curta, mas isso não quer dizer que ela não seja capaz de correr bem rapidinho. As fake news tem o poder mágico de despertar fortes emoções e viralizam  nas asas do pânico ou da euforia que provocam.

Grande parte de seu poder se esvai diante de uma análise qualquer que cheque sua veracidade. Mas saber o antídoto não nos livrará dos custos associados à ativa separação do joio e do trigo na Internet. Espere queimar tempo e fosfato nessa tarefa enfadonha.

O que mais chama a atenção é que essa prática tenha sido tão disseminada em países ditos cristãos. Sim, a Rússia deu uma ajuda no caso dos Estados Unidos, mas e depois? A coisa se desenrolou facilmente por meio da propagação entre as pessoas, muitas delas julgando ajudar sua audiência. Já no Brasil, país tido como católico, sabemos que a futrica política vai rapidamente levantar voo e importunar todo mundo.

Aparentemente nos esquecemos de alguns dos fundamentos da fé cristã. Vale lembrar: Evangelho significa “boas notícias”. A Palavra de Deus, boa e justa, nos chama a ser portadores das boas notícias de Cristo, salvação para o mundo. Ela também condena com todas as letras a mentira e a propagação de contendas.

A Bíblia vai ainda mais longe e diz que nossas palavras devem ser sim, sim, não, não. Há sérias advertências contra a boataria e contra o falso testemunho. É também nela que lemos que, antes de fechar questão sobre um assunto, devemos examiná-lo com diligência. Veem-se noções de discernimento e de senso crítico presentes em um livro tido como ultrapassado e batido, rejeitado por grande parte da classe política e das sociedades brasileira e americana.

E o que podemos fazer pra diminuir o poder corrosivo das fake news? Podemos começar não espalhando tudo que chega no WhatsApp a esmo. Podemos, antes de encaminhá-las, checar rapidamente no Google se aquele conteúdo tem fontes, datas e nomes. E acima de tudo, podemos manter um desconfiômetro funcional para as lorotas que vem por aí. Não que seja necessário pensar muito sobre isso: ninguém gosta de ser enganado.

 

 

2 Respostas to “Good News X Fake News”

  1. mediatores Says:

    Importante e oportuna reflexão. Vamos ser portadores de good news.

  2. Rene Says:

    Interessante é verdadeiro!

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